16/02/2016 - Por: Portal Macaé Offshore

As fontes de energia eólica e solar são consideradas soluções limpas de energia

A BP acaba de lançar a edição 2016 de seu Energy Outlook – um panorama do setor energético até 2035. A publicação traz uma comparação com os números da edição de 2015 e mostra um ligeiro avanço das energias renováveis em relação aos combustíveis fósseis, causadores do aquecimento global.  Mas o cenário geral projetado fica muito aquém do desafio de combater as mudanças climáticas  e dos compromissos firmados no Acordo de Paris.   

A previsão para utilização das fontes de energias renováveis é de crescimento de 6,6% ao ano. A projeção de demanda de energia renovável em 2035 foi revista para cima de 14% em comparação com os números do ano passado. Mas os números da BP indicam que apenas 34% do crescimento no consumo de energia entre 2014 e 2035 serão atendidos por energias renováveis eólica, solar, biocombustíveis, hídrica, 6,5% em nuclear.

O relatório da BP diz ainda que o crescimento mais lento da demanda por energia na China "pesa" na utilização mundial de carvão, com o carvão crescendo a menos de um quinto da sua taxa nos últimos 20 anos - apenas 0,5% ao ano até 2035, um percentual de crescimento que foi revisto para baixo em relação à previsão de 0,8% ao ano  contida no estudo do ano passado. A demanda por carvão em 2035 foi revista para baixo 6% em relação à previsão do ano passado, devido a um abrandamento do crescimento econômico da China e "políticas ambientais e climáticas que  encorajam uma mudança mais rápida para combustíveis de baixo carbono."
 
A BP prevê que a demanda por gás vai crescer 1,8% ao ano até 2035, uma revisão ligeiramente para baixo em relação ao 1,9% ao ano na perspectiva do ano passado. O gás é o combustível fóssil de mais rápido crescimento no cenário traçado pela BP, com sua cota em energia primária aumentando gradualmente. Já a produção de gás de xisto deve crescer fortemente (5,6% ao ano), diz a BP. No entanto, a demanda por gás para 2035 foi revista para baixo em 3% em comparação com a análise do ano passado. O petróleo cresce de forma constante (0,9% ao ano), embora a tendência de redução da sua participação continue.