02/10/2015 - Por: Agência Saúde

O Ministério da Saúde lançou ontem (1º) campanha de conscientização sobre a importância do diagnóstico e realização do tratamento contra tuberculose. Com o slogan “testar, tratar e vencer”, a campanha é protagonizada pelo jogador de futebol Thiago Silva. “Tuberculose existe, mas tem cura”, alerta o jogador no vídeo. O zagueiro foi diagnosticado com a doença em 2005, quando jogava em um time russo. Ele retornou ao Brasil, onde recebeu tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi curado e seguiu a carreira de jogador.

A falta de informação pode ser um obstáculo ao diagnóstico e ao tratamento. Por isso, as peças da campanha alertam que pessoas com tosse por mais de três semanas - principal sintoma da doença – devem procurar um serviço de saúde. Além disso, os pacientes não podem interromper o tratamento, que dura seis meses, para atingir a cura. O objetivo da campanha é levar mais informação às pessoas, reduzindo o preconceito sobre a doença. No ano passado, a campanha do Ministério da Saúde contou com a participação do cantor Thiaguinho, que também foi diagnosticado, seguiu tratamento sem interrupção e foi curado.

A campanha, que tem duração de um mês, será veiculada nas rádios, TVs, redes sociais, além de outdoor social e outros meios de divulgação. “O Thiago Silva mostra que é possível ficar livre da doença seguindo corretamente o tratamento. Ele se tratou pelo SUS e está aí, forte e saudável, jogando seu futebol”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Nardi.

Confira o vídeo da campanha

SOBRE A DOENÇA
- A tuberculose é causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentemente são tosse seca contínua, no início da doença, depois tosse com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza e prostração.

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, por meio de pequenas gotas de saliva expelidas ao falar, espirrar ou tossir. Somente 5% a 10% dos infectados pelo bacilo de Koch adquirem a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção, diariamente. No esquema básico, são utilizados quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Os pacientes que seguem o tratamento corretamente são curados.

Para prevenir as formas mais agressivas da doença é necessário imunizar as crianças, no primeiro ano de vida, ou no máximo até quatro anos, com a vacina BCG. O risco de transmissão é maior entre pessoas que vivem em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.