21/07/2015 - Por: Assessoria de Comunicação / Agência Saúde
OMS recomenda medida adotada no Brasil desde 2013 contra a AIDS
Novo protocolo da Organização Mundial da Saúde (OMS) vai recomendar o tratamento com antirretrovirais para todos os pacientes com HIV no mundo, assim que forem diagnosticadas, independentemente da carga viral. A medida já é praticada desde dezembro de 2013 pelo Brasil, quando foi lançado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para adultos. O protocolo adotou o “Testar e Tratar” como política de tratamento. O anúncio foi neste domingo (19), em Vancouver, Canadá, durante o Congresso Internacional de AIDS (IAS)
No anúncio, a OMS menciona o exemplo do Brasil, enfatizando a adoção do novo protocolo com melhora na saúde dos pacientes vivendo com HIV, tanto na qualidade de vida quanto na redução da transmissão do vírus.
Para o diretor do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, que participa do evento, a evidência mostra “que essa é, realmente, a direção que deve ser tomada por todo o mundo”.
O secretário-executivo da UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS), Luiz Loures, destacou a importância da iniciativa da OMS, lembrando que a organização lidera globalmente a resposta à aids no setor de saúde com decisões baseadas em evidência científica.
O novo protocolo da OMS prevê, ainda, que a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) seja recomendada como uma opção de terapia adicional para todas as pessoas que integrem populações com risco substancial de serem infectadas pelo HIV (prevalência superior a 3%).
TESTAGEM - Na mesma sessão em que antecipou alguns pontos do protocolo de HIV, a OMS lançou seu novo guia sobre testagem de HIV. O novo guia estimula a capacitação de membros da comunidade para que possam aplicar o teste de aids e a testagem em organizações comunitárias que tenham acesso mais amplo às populações vulneráveis ao HIV. O Brasil adota as duas medidas no projeto Viva Melhor Sabendo.
Durante a sua participação no evento, Fábio Mesquita, apresentou, como experiência, o trabalho colaborativo entre o Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, o USCDC, o UNAIDS, o Grupo Dignidade e outros parceiros no projeto piloto "A Hora é Agora".