MTE alega medida de segurança e embarga obras do Museu do Amanhã

O Ministério do Trabalho e Emprego embargou esta semana, por medida de segurança, as obras do Museu do Amanhã, em construção no Píer Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro. De acordo com o auditor fiscal do Trabalho José Roberto Moniz, existe uma falha nos dispositivos de proteção do sistema elétrico, o que leva à recomendação de paralisar as atividades.

Na última quinta-feira (15), o operário Stanley Meireles Lima, de 35 anos, morreu eletrocutado. O auditor afirmou que a causa provável da morte foi a energização inesperada de uma estrutura metálica da obra.

"Possivelmente, a morte poderia ter sido evitada se o funcionamento do quadro de proteção estivesse regular. A função desse equipamento é detectar a fuga de corrente em fração de milésimos de segundos, o que não ocorre", explicou.

De acordo com o ministério, as obras só poderão ser retomadas após a correção dos equipamentos e a realização de uma nova vistoria no local. Em nota, a Concessionária Porto Novo, contratada pela prefeitura do Rio para a execução das obras do Porto Maravilha, informou apenas que reconhece a importância da fiscalização e reitera seu compromisso com as normas de saúde e segurança do trabalho.

Orçado em R$ 215 milhões, o Museu do Amanhã, empreendimento conjunto da prefeitura carioca e da Fundação Roberto Marinho, é um dos símbolos da revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. Com projeto do arquiteto catalão Santiago Calatrava, o museu, com uma área de 15 mil metros quadrados, será um espaço interativo, com recursos audiovisuais que permitirão ao visitante imaginar futuros possíveis para a humanidade nos próximos 50 anos. As obras têm previsão de terminar no primeiro semestre deste ano.