15/07/2016 - Por: Portal Brasil

No Rio de Janeiro, o CIOCS vai atuar direto do Centro de Operações Rio e será ativado a partir do dia 29 de junho

As ocorrências de saúde envolvendo atletas, delegações e espectadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos serão monitoradas 24 horas por dia por centros de operações instalados nas cidades que receberão as competições.

Na última terça-feira (12), o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) que funcionará no Rio de Janeiro. Uma equipe do Ministério da Saúde composta por 125 profissionais vai atuar exclusivamente na coordenação do trabalho, realizado em parceria com os Estados e municípios envolvidos.

No Rio de Janeiro, o CIOCS, que vai atuar direto do Centro de Operações Rio (COR), será ativado plenamente a partir do dia 29 deste mês e segue até 26 de setembro. O Centro vai monitorar as situações de risco, a demanda por atendimento, a vigilância epidemiológica e sanitária, além de coordenar respostas diante de emergências em saúde pública.

As demais cidades que receberão os Jogos (Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus) adotarão o mesmo modelo de monitoramento, que é utilizado desde 2011 no País: já foi ativado em eventos como a Copa do Mundo e Jornada Mundial da Juventude.

A estimativa internacional é que entre 1% e 2% do público em eventos de massa necessite de algum cuidado médico e apenas 0,2% a 0,5% tenha necessidade de transferência para serviços de maior complexidade. Com isso, durante todo o período dos Jogos, é possível calcular cerca de 20 mil atendimentos e 700 remoções.

Atendimento
A Rio 2016 prestará serviços médicos dentro do perímetro de segurança e oferecerá atendimento externo particular a atletas e delegações. Os demais espectadores que precisem de remoção dos locais de competição serão atendidos no SUS, na rede de assistência organizada pelo município.

As remoções são feitas por meio da central de regulação do município e do Estado, que utilizará as ambulâncias doadas pelo Ministério da Saúde. A expectativa é que mais de 90% dos atendimentos nas áreas de competição sejam resolvidos no próprio local. Fora das arenas, segue-se o atendimento usual pelos componentes do SUS (UBS, UPA e hospitais).

Para casos de emergência com múltiplas vítimas, foram disponibilizados exclusivamente para os Jogos 235 leitos de retaguarda só no município do Rio de Janeiro. Do total, são 135 federais, 50 municipais e 50 estaduais.

Reforço
O Ministério da Saúde investiu R$ 72 milhões na compra, aparelhamento e custeio de 146 novas ambulâncias para cobertura da população durante o período das competições. Após a Olimpíada, as ambulâncias serão distribuídas a outras cidades para renovação da frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192).

A Força Nacional do SUS estará com equipes de prontidão (médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem) na Base Aérea dos Afonsos (RJ) para emergências em saúde, com capacidade para montar três tendas para atendimento, além de sete leitos de UTI.

Além da contratação de 2,5 mil profissionais de saúde temporários e de 3,5 mil agentes externos para inspecionar e eliminar focos da dengue, o Ministério da Saúde realizou uma série de capacitações e compra de equipamentos médicos. Outra ação é a disponibilização do novo portal Saúde do Viajante com orientações para os brasileiros e turistas sobre os cuidados e a prevenção à saúde.