15/06/2016 - Por: Ministério da Saúde / Foto: André Borges

Em nota, Sociedade Brasileira de Infectologia também destacou reforço feito pelo governo nas ações de assistência e vigilância sanitária

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressaltou, nesta terça-feira (14), durante a 3ª reunião do Comitê de Emergência, em Genebra, que é muito baixo o risco de propagação internacional do zika vírus nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil.

Na reunião, membros do Comitê de Emergência reafirmaram que, durante as competições, o País estará no período do inverno, quando os índices das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão em declínio e atingem seu menor índice, de acordo com dados históricos e epidemiológicos.

O Comitê também reafirmou o seu aviso prévio de que não é necessário restrigir viagens e comércio com países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus zika, incluindo as cidades brasileiras.

A OMS reforçou as recomendações já realizadas aos viajantes, principalmente às grávidas, e que o Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização de eventos.

“Estamos felizes com a declaração da OMS porque todo o esforço do Brasil foi reconhecido. É o coroamento do trabalho articulado entre governo federal, estados e municípios que teve resultado positivo”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que ressaltou que “a recomendação da OMS deve confirmar a vinda de turistas para o Brasil para acompanhar os jogos olímpicos”.

Principais pontos destacado pela OMS:

1 – O Comitê observou que os riscos em áreas de transmissão são os mesmos para um encontro de massa ou não. Esses riscos são minimizados por meio de boas medidas de saúde pública.

2 - Manteve as mesmas recomendações para viajantes internacionais, desta forma, grávidas devem evitar áreas de risco, parceiros sexuais devem assegurar práticas sexuais seguras ou se abster de sexo e viajantes devem receber informações sobre potenciais riscos e medidas adequadas de proteção.

3 -  O Comitê concluiu que existe risco muito baixo de propagação internacional do vírus Zika como resultado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. No Brasil a intensidade da transmissão autóctone de arbovírus, como dengue e Zika, será mínima.

4 - A Comissão reafirmou o seu aviso prévio de que não deve haver restrições gerais sobre viagens e comércio com países, regiões e/ou territórios com a transmissão do vírus Zika, incluindo as cidades do Brasil que acolhe os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

5 – O Brasil deve continuar o seu trabalho de intensificar as medidas de controle de vetores e em torno das cidades e locais de realização das competições.

6 - Os países com viajantes para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos devem garantir que esse público esteja plenamente informado sobre os riscos de infecção do Zika e medidas de proteção.

Apoio à Rio 2016

Na segunda-feira (13), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) também divulgou nota com posicionamento favorável à realização dos Jogos no Rio.

No documento, a sociedade destacou o “notório” trabalho desenvolvido pelas diversas esferas do governo na divulgação transparente de informações e orientações em relação ao vírus Zika.

A nota ressalta que, à medida que os conhecimentos foram sendo ampliados, o governo brasileiro também reforçou as ações de assistência e vigilância, tanto no Brasil como na cidade do Rio de Janeiro.