26/02/2016 - Por: Alexandre Bordalo / Foto: João Barreto / SECOM
Hanseníase tem cura, com medicação gratuita oferecida pelo programa
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação do Programa de Vigilância e Controle da Hanseníase da Gerência de Vigilância em Saúde, realizou ontem evento em alusão à campanha mundial contra hanseníase. A ação aconteceu no Centro de Saúde Jorge Caldas (Centro) e conta com a colaboração de 12 estudantes do quinto período de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ - polo de Macaé) e da equipe do programa.
Quinhentos panfletos orientando sobre hanseníase são distribuídos, além de palestras mostrando tudo sobre a doença: diagnóstico e tratamento. Segundo o coordenador do Programa de Vigilância e Controle da Hanseníase, o médico Maurício Zampieri, esta é uma doença milenar com um estigma que precisa ser mudado.
"A hanseníase tem cura, com medicação gratuita oferecida pelo programa. Quanto mais precocemente começar o tratamento, menos sequelas haverá - diz o coordenador, acrescentando que: "é importante que as pessoas observem as manchas anestesiadas em seu corpo, quando há dormência".
Pela manhã, o grupo teatral Grutas se apresentou, conscientizando as pessoas sobre a hanseníase. A equipe do programa (dois médicos, uma fisioterapeuta, uma técnica de enfermagem, um administrativo e uma enfermeira) também atua no evento. Esses profissionais ocupam duas salas do Centro de Saúde Jorge Caldas. Entre outras coisas, ainda houve atendimento imediato a casos suspeitos.
O Dia Mundial da Luta contra Hanseníase ocorreu no último domingo de janeiro de 2016.
Em Macaé, o programa funciona há 20 anos, quando identificou hanseníase em cerca de 600 pessoas. Atualmente, são 24 casos atendidos nessa unidade de referência que depende da captação das Unidades Básicas de Saúde.
Hanseníase - A doença se manifesta com manchas avermelhadas e esbranquiçadas na pele, com diminuição de sensibilidade nos locais onde surgem as erupções, as quais podem aparecer em quaisquer locais do corpo humano. Se não houver tratamento, podem se disseminar pela pele. O recurso terapêutico ocorre através de comprimidos e dura de seis a 12 meses. Seguindo as orientações médicas adequadas, a pessoa pode ter uma vida normal em termos sociais, sendo permitidas atividades como praia, piscina e trabalho.