10/12/2015 - Por: Tatiana Gama / Foto: Ana Chaffin (SECOM)
Em Macaé, preocupação com transmissor do zika vírus é uma questão de cidadania
Para intensificar as ações contra o mosquito Aedes aegypti no município de Macaé, representantes da secretaria de Saúde e da Fundação Municipal Hospitalar de Macaé se reuniram na última terça-feira (8), no Hospital Público Municipal. O objetivo foi traçar novas estratégias contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha. A maior preocupação é com medidas preventivas para gestantes, diretamente afetadas no desenvolvimento de bebês com microcefalia, consequência da má-formação associada ao vírus zika.
- Não é mais um combate à dengue. É uma luta contra o mosquito Aedes aegypti, sendo necessária a mobilização de toda a sociedade. Dados apontam que 95% dos criadouros estão dentro de casa, desde a forma do armazenamento da água até um simples prato de plantas. O tempo de vida do mosquito é de 30 a 45 dias, mas a fêmea é capaz de colocar cerca 200 ovos neste período - destaca a chefe da Vigilância em Saúde, Ana Paula Dalcin, da secretaria de Saúde.
A microcefalia é caracterizada por um desenvolvimento inadequado do cérebro, que resulta na diminuição do tamanho do crânio. Hoje, o Ministério da Saúde alterou o perímetro cefálico para 32 centímetros. Antes, a medida padrão mínima adotada era de 33 centímetros para diagnóstico dos casos.
De acordo com o médico infectologista do HPM, André Faria, é importante que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença dos transmissores destas doenças. Entre elas, a eliminação de criadouros, proteção contra a exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos durante a gestação.
As gestantes devem manter o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico. Outra orientação é não consumir bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizar medicamentos sem orientação médica e evitar contato com pessoas com febre ou quadro de infecção.
Os repelentes devem ser usados nas áreas de pele exposta (não aplicar na pele coberta por tecido), evitar contatos com mucosas (olhos, bocas e nariz), sempre por último (depois do filtro solar e da maquiagem). O tempo de duração varia conforme a marca do produto que pode ser entre duas e dez horas.
Capacitação
Nos próximos dias 15, 16 e 17, haverá o "Dia D Capacitação", que acontecerá no auditório da Cidade Universitária, das 8h30 às 17h, para médicos, enfermeiros, acadêmicos e profissionais da área de saúde das redes pública e privada, além de agentes comunitários de saúde, agentes de endemias, técnicos e auxiliares de enfermagem. O tema abordado será "Todos Juntos conta dengue, chicungunha e zika". As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: inscricao.epidemio@yahoo.com.br ou pelo telefone (22) 2796 1870.