11/09/2015 - Por: Portal Maxipas

Os dados estão disponíveis no portal Global Agewatch Index

O idoso brasileiro está vivendo mais. Porém, a qualidade desses anos ainda deixa a desejar. A informação faz parte do último relatório Global Agewatch Index, que avalia os melhores lugares para viver na terceira idade. Entre as 96 nações analisadas pelo índice divulgado recentemente, o Brasil figurou o 56º lugar. O documento mostra que, no país, os cidadãos acima de 60 anos têm, em média, 21 anos a mais pela frente, tempo compatível com a média mundial. No entanto, a falta de acesso a serviços básicos, como transporte e segurança, compromete a qualidade de vida da população nessa faixa etária.

A longevidade é apenas um dos 13 indicadores considerados no trabalho, que avalia anualmente a qualidade de vida dos idosos no mundo. O levantamento leva em conta quatro categorias mais amplas: segurança de renda, saúde, ambiente propício para os idosos e condições de emprego e de educação. Em primeiro lugar no ranking está a Suíça, seguida pela Noruega, pela Suécia e pela Alemanha.


A posição brasileira representa uma tímida melhora em relação ao levantamento feito no ano passado, quando o país aparecia no 58º lugar. No grupo de nações da América Latina e do Caribe, o Brasil fica em 12º, e é o segundo melhor colocado dos BRICS, atrás apenas da China. O ponto forte do país se destaca pelo amplo programa de previdência, que atende 86% dos idosos e mantém grande parte da população mais velha fora da linha da pobreza — na maioria dos países de baixo e médio rendimento, apenas uma em cada quatro pessoas acima dos 65 anos recebe uma pensão.

No entanto, o posicionamento do Brasil é prejudicado por problemas que afetam não somente os idosos, mas também cidadãos brasileiros de outras idades. “O Brasil não é tão bom em fornecer um ambiente propício para o envelhecimento. O medo de crimes e o acesso precário ao transporte público são grandes questões para os idosos brasileiros”, analisa Asgar Zaidi, professor de políticas sociais internacionais na Universidade de Southampton (Reino Unido) e um dos autores do trabalho, coordenado pela HelpAge International, organização que se dedica a melhorar a vida de pessoas na terceira idade.