26/02/2015 - Por: Genimarta Oliveira / Foto: Bruno Campos - SECOM
A campanha também promove a coleta de remédios em desuso
A campanha de recolhimento de medicamentos vencidos e em desuso, lançada em 2013 pela Agência Municipal de Vigilância Sanitária de Macaé (AMVISA), conseguiu arrecadar até dezembro de 2014, 37.548 caixas de medicamentos. O objetivo da ação é evitar a automedicação e promover a preservação do meio ambiente.
De acordo com o diretor da Farmácia da AMVISA, Gilvan Sodré, a expectativa é aumentar o número de postos de recolhimento ainda este ano. Atualmente, há um posto que funciona na sede da AMVISA, na Rua José de Aguiar Franco, 2150, no bairro Costa do Sol, das 8h às 17h.
Ele ressalta que o projeto faz com que as pessoas evitem o acúmulo de medicamentos em casa e a posterior automedicação, além de promover o descarte ideal. O descarte irregular pode ter risco de contaminação do solo e consequentemente do lençol freático - caso isso ocorra, pessoas que consomem água através de poço artesiano podem ingerir substâncias nocivas à saúde.
- Caso ocorra o descarte às margens de rios e lagoas, ocorre a contaminação de peixes e outras espécies marinhas, além de também elevar o nível de contaminação da água por substâncias químicas. Outra medida que deve ser tomada pela população seria o armazenamento adequado dos medicamentos em local de temperatura ambiente (abaixo de 30 C) - disse Gilvan.
A diretora de Resíduos da AMVISA, Viviane Barreto, acrescenta que em 2013, foram arrecadadas 14.078 caixas de medicamentos vencidos. Já em 2014, foram 23.470 caixas. "O aumento significativo mostra a adesão da população, que está ficando mais consciente do seu papel para a preservação do meio ambiente", definiu. Ela afirma ainda que os medicamentos vencidos são recolhidos pela secretaria de Limpeza Pública (SELIMP) e levados para serem incinerados, dando o fim adequado a essas substâncias.
Segundo o diretor-presidente da AMVISA, Ângelo Luz, o projeto tem como meta conscientizar a população para não jogar medicamentos no lixo comum ou no esgoto, por oferecer risco ao meio ambiente e à saúde. Além disso, a campanha pretende também diminuir o número de medicamentos acondicionados nas conhecidas farmacinhas caseiras, as quais incentivam a automedicação.
- Cabe ressaltar que a responsabilidade no trato com as questões de saúde pública e ambiental apresenta-se como um compromisso e um dever de todos. As gerações futuras dependem da construção de uma consciência coletiva do bem comum, envolvendo saúde e o ambiente - finaliza Ângelo.