11/12/2014 - Por: Flávia Oliveira / Agência Saúde
A hipertensão é uma das doenças crônicas de maior prevalência no país
Cerca de 34% da população adulta do Rio de Janeiro (RJ), o equivalente a 4,2 milhões de pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que essas enfermidades são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. A hipertensão arterial, o diabetes, a doença crônica de coluna, o colesterol (principal fator de risco para as cardiovasculares) e a depressão são as que apresentam maior prevalência no país. A existência dessas doenças está associada a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, níveis elevados de colesterol, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.
Hipertensão e Diabetes
Doenças crônicas de grande magnitude, sendo também as mais graves, a hipertensão e o diabetes foram alvo de profunda investigação da PNS. A pesquisa revelou que a hipertensão atinge 3,0 milhões de pessoas acima de 18 anos no Rio de Janeiro, o que corresponde a 23,9% da população. No Brasil, a hipertensão atinge 31,3 milhões de adultos, o que corresponde a 21,4% da população.
Já o diabetes, transtorno metabólico causado pela elevação da glicose no sangue, atinge 816 mil pessoas no Rio de Janeiro – o que corresponde a 6,4% da população adulta local. Em todo o Brasil, 9 milhões de brasileiros – o que corresponde a 6,2% da população adulta – possuem a doença.
Problema Crônico de Coluna e Colesterol chamam a atenção
A Pesquisa Nacional de Saúde traz, pela primeira vez, o percentual de brasileiros que afirmam ter um diagnóstico médico de problema crônico de coluna. Atualmente, 1,6 milhão de adultos são acometidos pela doença no Rio, o que corresponde a 13,3% da população. Os problemas lombares são os mais comuns e a prevalência também é maior entre as mulheres (16,3%), contra 9,6% dos homens. Atualmente, 27 milhões de adultos no país são acometidos pela doença, o que corresponde a 18,5% da população.
Em todo país, a doença crônica de coluna está diretamente ligada ao avançar da idade, atingindo 8,7% dos jovens de 18 a 29 anos, indicador que aumenta para 26,6% das pessoas acima de 60 anos ou mais. No grupo com mais de 65 anos as proporções são ainda maiores, atingindo 28,9% deles. Um destaque levantado pela PNS está no fato de que 53,6% das pessoas que dizem ter a doença garantiram fazer tratamento. A maioria, 40% desse grupo, fez referência ao uso de medicamentos ou injeção, enquanto outros 18,9% praticam exercício físico ou fazem fisioterapia.
Já a depressão, distúrbio afetivo que ocasiona queda do humor, atualmente atinge 766 mil adultos no Rio de Janeiro. O diagnóstico da doença corresponde a 6,0% da população da capital – sendo que a prevalência é de 8,3% entre as mulheres e 3,3% nos homens. Já a prevalência da depressão no país chega a 11,2 milhões ou 7,6% da população.
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) se caracterizam como um grande problema de saúde dos brasileiros, conforme comprova a PNS. São importante causa de mortalidade no país, além causarem outras enfermidades que afetam a capacidade e a qualidade de vida da população adulta.