12/11/2014 - Por: Bom dia, Brasil

Em muitos casos, a pressa vem aumentando os acidentes no caminho

O crescente número de acidentes de trajeto vem preocupando as autoridades federais e gestores das empresas. O trabalhador pode estar no próprio carro ou até no ônibus. Se estiver indo ou voltando do trabalho e sofrer um acidente, ele é considerado acidente de trabalho. Quem sofre o chamado acidente de trajeto tem direito ao auxílio-doença, pela necessidade de permanecer afastado do trabalho por meses, em alguns casos. E a Previdência Social está preocupada com o aumento na solicitação desse tipo de benefício. No ano passado, o gasto total com o pagamento do auxílio-doença chegou a quase R$ 2,3 bilhões.

O risco tem sido maior da porta do trabalho para fora. Os chamados acidentes de trajeto, quando o trabalhador vai para casa ou finaliza o expediente, aumentaram 5% de 2012 para 2013. Segundo o Ministério da Previdência, a pressa, muitas vezes acompanhada da pressão sofrida no trabalho, somados à violência no trânsito vem aumentando os acidentes no caminho.

Os acidentes mais graves continuam sendo registrados na construção civil. Por isso, nas obras de uma construtora, o investimento em segurança e treinamento hoje é altíssimo. Desde 1995 não há registro de mortes. A maior dificuldade é convencer os funcionários a usar os equipamentos. "Tendo em vista o grau de instrução muito baixo, a cultura, que ainda não é uma cultura prevencionista, então nós ainda temos muita resistência", explica o engenheiro de segurança no trabalho Eduardo Freitas Sampaio.

O INSS também paga o auxílio-acidente, que equivale a 50% do salário. O benefício é para a pessoa que fica com sequelas e não pode exercer, no trabalho, a mesma função anterior ao acidente.