08/04/2016 - Por: ANAMT, com informações EBC

O número de diabéticos nas Américas triplicou desde 1980 e segundo a OMS, a doença é a quarta maior causa de morte na região, depois do infarto, acidente vascular cerebral e de demências. De acordo com o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), no Brasil mais de 57 mil pessoas morreram por complicações relacionadas à doença em 2013. O diabetes foi o tema escolhido pela OMS para marcar o Dia Mundial da Saúde, lembrado nesta quinta-feira (7).

Publicado em razão da data, com o lema "Vencer a Diabetes", o relatório conclui que 422 milhões de adultos em todo o mundo viviam com diabetes em 2014, quatro vezes mais do que em 1980. De acordo com o documento, a prevalência da diabetes quase duplicou de 4,7% para 8,5% da população adulta, o que reflete um aumento dos fatores de risco associados, como o excesso de peso, a obesidade e a inatividade física.

Não há cura para a doença, mas sim prevenção e controle, medidas onde o médico desempenha papel fundamental. Embora 62% dos brasileiros tenha ao menos um fator de risco para desenvolver o diabetes, somente 3 em cada 10 pessoas já ouviram falar do pré-diabetes, segundo pesquisa realizada por uma empresa farmacêutica.

Quem tem diabetes, ou está pré-diabético, precisa de uma alimentação equilibrada, com horários estabelecidos e intervalos adequados entre as refeições. O ideal é a ingestão de fibras, frutas e verduras, e a diminuição de alimentos saturados como frituras e açúcares simples (sacarose) encontrados, por exemplo, nos doces em geral.

Década de Ação para Nutrição
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na última sexta-feira (1º), em Nova Iorque, EUA, resolução que define que o período de 2016 a 2025 como a Década de Ação pela Nutrição.

O Brasil foi um dos 31 países que apresentaram a proposta. O documento divulgado no evento pede à Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), e à Organização Mundial da Saúde (OMS), que liderem a implementação da década em colaboração com o Programa Mundial de Alimentos, PMA, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

A iniciativa também deve envolver mecanismos de coordenação como o Comitê das Nações Unidas para a Nutrição e plataformas multissetoriais como o Comitê sobre Segurança Alimentar Mundial. O texto também faz um convite à participação ativa de governos nacionais, sociedade civil, setor privado e academia, entre outros.